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domingo, 3 de agosto de 2025
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
terça-feira, 29 de julho de 2025
terça-feira, 15 de julho de 2025
sábado, 5 de julho de 2025
Como se faz o diagnóstico de ceratocone ?
A identificação de um ceratocone moderado ou avançado é razoavelmente fácil. Entretanto, o diagnóstico de ceratocone em suas fases iniciais torna-se mais difícil, requerendo uma cuidadosa história clínica, medidas da acuidade visual e refração, e ainda exames complementares realizados por instrumentação especializada. Geralmente, pacientes com ceratocone têm modificações frequentes nas prescrições dos seus óculos em curto período de tempo e, além disso, os óculos já não fornecem uma correção visual satisfatória. As refrações são frequentemente variáveis e inconsistentes. Pacientes com ceratocone freqüentemente relatam diplopia ( visão dupla ) ou poliopia ( visão de vários objetos ) naquele olho afetado, e queixam-se de visão borrada e distorcida tanto para visão de longe quanto para perto. Alguns referem halos em torno das luzes e fotofobia ( sensibilidade anormal à luz ).
Muitos sinais objetivos estão presentes no ceratocone. A retinoscopia mostra reflexo “em tesoura”. Com o uso do oftalmoscópio direto percebe-se um sombreamento. O ceratômetro também auxilia no diagnóstico. Os achados ceratométricos iniciais são ausência de paralelismo e inclinação das miras. Estes achados podem ser facilmente confundidos nos casos de ceratocone incipiente.
A redução da acuidade visual em um olho, devido à doença assimétrica no outro olho, pode ser um indício precoce de ceratocone. Este sinal é freqüentemente associado com astigmatismo oblíquo.
A topografia corneana computadorizada ou fotoceratoscopia pode fornecer um exame mais acurado da córnea e mostrar irregularidades de qualquer área da córnea. O ceratocone pode resultar em um mapa corneano extremamente complexo e irregular, tipicamente mostrando áreas de irregularidades inferiormente em forma de cone, o qual pode assumir diferentes formas e tamanhos. (Veja figura 4)
O diagnóstico de ceratocone também pode ser feito através do biomicroscópio ou lâmpada de fenda. Através deste instrumento o médico poderá observar muitos dos sinais clássicos do ceratocone:
• Anéis de Fleischer: anel de coloração amarelo-amarronzada a verde-oliva, composto de hemossiderina depositada profundamente no epitélio circundando a base do cone.
• Linhas de Vogt: são pequenas estrias semelhantes a cerdas de pincel, geralmente verticais embora possam ser oblíquas, localizadas na profundidade do estroma corneano.
• Afinamento corneano: um dos critérios propostos para o diagnóstico de ceratocone é o afinamento corneano significante maior que 1/5 da espessura da córnea. À medida que a doença progride o cone é deslocado inferiormente. O ápice do cone é geralmente a área mais afinada.
• Cicatrizes corneanas: geralmente não são vistas precocemente, porém com a progressão da doença ocorre ruptura da membrana de Bowman, a qual separa o epitélio do estroma corneano. Opacidades profundas da córnea não são incomuns no ceratocone.
• Manchas em redemoinho: podem ocorrer naqueles pacientes que nunca tenham usado lentes de contato.
• Hidropsia (Veja figura 5): ocorre geralmente nos casos avançados, quando há ruptura da membrana de Descemet e o humor aquoso flui para dentro da córnea tornando-a edemaciada. Quando isso ocorre o paciente relata perda visual aguda e nota-se um ponto esbranquiçado na córnea. Hidropsia causa edema e opacificação. Caso a membrana de Descemet se regenere o edema e a opacificação diminuem. Pacientes com síndrome de Down têm maior incidência de hidropsia. O ato de coçar e friccionar os olhos deve ser evitado nestes pacientes.
• Sinal de Munson: este sinal ocorre no ceratocone avançado quando a córnea protui o suficiente para angular a pálpebra inferior quando o paciente olha para baixo.
• Reflexo luminoso de Ruzutti: um reflexo luminoso projetado do lado temporal será deslocado além do sulco limbar nasal quando um alto astigmatismo e córnea cônica estão presentes.
• Pressão Intra-ocular reduzida: uma baixa pressão intra-ocular geralmente é encontrada como resultado do afinamento corneano e/ou redução da rigidez escleral.
Como se classifica o ceratocone ?
O ceratocone pode ser classificado conforme sua curvatura ou de acordo com a forma do cone:
• Baseado na severidade da curvatura:
- Discreto: < 45 dioptrias em ambos os meridianos. - Moderado: entre 45 a 52 dioptrias em ambos os meridianos. - Avançado: > 52 dioptrias em ambos os meridianos.
- Severo: > 62 dioptrias em ambos os meridianos.
• Baseado na forma do cone:
- Pequeno monte: forma arredondada, com diâmetro pequeno em torno de 5 mm.
- Oval: geralmente deslocado inferiormente, com diâmetro > 5 mm. É o tipo mais comumente encontrado no exame de topografia corneana.
- Globoso: quando 75 % da córnea está afetada, possui diâmetro maior que 6 mm. É também chamado ceratoglobo, e é o tipo mais difícil para se adaptar lentes de contato.
terça-feira, 1 de julho de 2025
Quais são as causas?
A etiologia proposta para o ceratocone inclui mudanças físicas, bioquímicas e moleculares no tecido corneano, entretanto nenhuma teoria explica completamente os achados clínicos e as associações oculares e não-oculares relacionadas ao ceratocone.
É possível que o ceratocone seja o resultado final de diferentes condições clínicas. Já é bem conhecida a associação com doenças hereditárias, doenças atópicas (alérgicas), certas doenças sistêmicas, e o uso prolongado de lentes de contato.
sábado, 5 de abril de 2025
Que condições podem estar associadas com o ceratocone?
Existe uma relação bem definida entre atopia (alergia) e ceratocone. A prevalência de doenças alérgicas como a asma, eczema, ceratoconjuntivite atópica (Alergia Ocular) é maior em pacientes com Ceratocone do que em pessoas sem Ceratocone.
Pacientes com alergia muitas vezes são incomodados por coceira ocular, e quando possuem ceratocone e não são tratados adequadamente da alergia e nem orientados sobre o risco de coçar muito os olhos, estes pacientes podem ter uma piora da visão decorrente do ato constante de coçar os ollhos.
Existe uma associação entre a síndrome de Down e Ceratocone. Aproximadamente 5% dos pacientes com síndrome de Down apresentam sinais clínicos clássicos de ceratocone. A incidência de hidropisia aguda, condição em que a córnea fica opaca e causa dor na fase aguda, ocorre mais em pacientes com síndrome de Down.
Há relatos na literatura médica de uma associação entre o ceratocone, prolapso da válvula mitral e hipermobilidade articular. A relação entre as várias doenças do tecido conjuntivo e ceratocone sugere um defeito comum na produção do colágeno (síntese do tecido conjuntivo).
Causas do Aparecimento do Ceratocone
O ceratocone tem um fator de transmissão genética, então quem tem casos na família têm mais predisposição de desenvolver esta doença. Com frequência o ceratocone está presente em pessoas alérgicas e a sua progressão aumenta muito nos alérgicos que coçam os olhos.
Outras causas do ceratocone ainda não estão completamente definidas. Embora já se saiba que ele acontece mais frequentemente em adolescentes e jovens adultos.
Coçar os Olhos piora o Ceratocone?
O ato de coçar os olhos pode induzir a essa condição porque o atrito constante com a região da córnea favorece a sua deformação, por se tratar de uma córnea mais frágil.
Existem colírios antialérgicos que amenizam a coceira e devem ser usados principalmente na primavera quando a florada de planta e flores é maior. Crianças e adolescentes alérgicos devem ser medicados para evitar o aparecimento do ceratocone.
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Qual é a causa do ceratocone?
O trauma contínuo representa o maior fator de risco para piora da doença. Com isso deve ser proibido coçar os olhos. O tratamento de alergias e a otimização da superfície ocular e tratamento do Olho Seco devem ser feitos em conjunto.
O Ceratocone é uma doença hereditária, não-inflamatória progressiva do olho na qual mudanças estruturais na córnea (que alteram sua biomecânica – resistência e elasticidade) a tornam mais fina e modificam sua curvatura normal (praticamente esférica) para um formato mais cônico. Este fenômeno de protrusão da área corneana afinada é chamado de ectasia (distensão) da córnea. Trata-se da distrofia mais comum da córnea, afetando 1 pessoa em cada 20.000, parecendo ocorrer em populações em todo o mundo, embora alguns grupos étnicos apresentam uma prevalência maior que outros. Costuma aparecer na adolescência e progredir até os 30-45 anos de vida, quando então estabiliza-se. Várias alterações bioquímicas foram documentadas em córneas de pacientes com ceratocone, incluindo o teor de colágeno reduzido, redução ou alteração nas moléculas de queratina, redução da quantidade de proteína total, e um aumento da atividade de degradação do colágeno associada a níveis reduzidos de inibidor de metaloproteinase de matriz da córnea. Coçar os olhos tem sido apontada como uma causa importante do ceratocone. Quando perguntado, pacientes com Ceratocone freqüentemente admitem coçar os olhos em excesso.
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